Para entender a escolha da data, é necessário voltar ao 17 de abril de 1853. Foi exatamente nesse dia que a cepa chegou, pela primeira vez, em solo argentino – e nas mãos do agrônomo francês Michel Aimé Pouget. À época, havia um esforço do governo da Argentina para melhorar a indústria do país com base na incorporação de novas variedades.
E tudo indica que Pouget acertou em cheio e deu o primeiro passo para que os vinhos argentinos tivessem a imagem e popularidade que têm hoje.
Para quem não sabe, a Malbec se originou no sudoeste da França, na cidade de Cahors, onde era mais conhecida por “Cot”. O que ninguém esperava é que, 10 anos depois de a cepa chegar à Argentina, em 1863, praticamente todas as vinhas europeias seriam dizimadas pela filoxera, o que diminuiu drasticamente o cultivo de Malbec (e de todas as outras uvas).
Além disso, a geada de 1956, outro trágico episódio da história da vitivinicultura da França, fez com que os únicos vinhedos originais de Malbec se encontrassem na Argentina. Foi nas tragédias francesas que os argentinos viram a oportunidade de reposicionar o vinho nacional ao redor do mundo e, em 1997, produziram o primeiro Malbec de qualidade superior, com envelhecimento em barril de carvalho.
Não só o vinho surpreendeu paladares do além-mar, como a cepa tornou-se uma nova “estrela” no cenário vinícola argentino, sobrevivendo até a crise que o país enfrentou na década de 1980.
Fonte: @winefolly
Presente em praticamente todo o país, a uva emblemática da Argentina produz vinhos de diferentes estilos e com características que variam a cada terroir. Via de regra, pode esperar aromas de ameixas maduras e o frescor de folhas de menta de um típico exemplar. A Malbec também é famosa por seus vinhos encorpados, repletos de taninos potentes (usualmente amaciados pelo estágio em carvalho).
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