Qual a diferença entre vinho seco, meio seco, suave e doce?

A diferença entre vinho seco, meio seco, suave e doce está ligada à doçura do vinho, uma característica tão importante que tem até classificação própria.

Esses termos são utilizados para identificar a graduação de açúcar na bebida e a sua consequente intensidade ao paladar. O açúcar que encontramos no vinho tem origem na sua matéria prima, a uva. Assim, o sabor doce dos vinhos de qualidade não vem da adição de açúcares de outras origens. O artifício de adoçar com açúcar de cana, por exemplo, só é usado para rótulos inferiores, produzidos com uvas mais apropriadas para o consumo “in natura” como a niagara, a isabel ou a bordô, conhecidas como “uvas americanas”.

Os fatores que determinam o nível de dulçor de um determinado vinho são: o estilo de bebida que a vinícola pretende elaborar e o processo de fabricação da mesma. E, por falar em estilo, os termos seco, meio seco, suave e doce são os mais utilizados para diferenciar os vinhos conforme a doçura. Conheça um pouco mais sobre cada um deles!

Vinho Seco
É todo vinho que não tenha doçura perceptível. A legislação admite esta classificação para uma concentração de açúcar de até 5g/L da bebida.

Toro Loco Tempranillo 2013 – Toro Loco, ganhador da medalha de prata no International Wine & Spirit Competition, é um vinho gostoso de beber. Diferente dos tradicionais tintos espanhóis, tem taninos macios e muita presença de fruta

Meio seco (demi-sec)
Nos rótulos com esta menção, espere encontrar um traço nítido de doçura que pode ir dodelicado ao francamente doce. Pela lei, esta classificação pode ter de 5,1 g/L* até 20 g/L de açúcar residual no vinho. O problema desta categoria reside exatamente na distância entre estes dois números. Um vinho com algo próximo a 5,1 g/L se comporta na boca muito diferente de outro que se aproxime dos 20 g/L.

Já os espumantes que recebem essa classificação aqui no Brasil, contém de 20 até 60 g/L de açúcar. Vale lembrar que essa divisão varia de país para país, por isso, alguns produtos internacionais são rotulados com especificações que não se enquadram na legislação brasileira.

Andre California Brut – Leve e elegante, este exemplar possui um curioso e saboroso paladar adocicado, fugindo à regra de classificação dos bruts tradicionais. Com mais de 30g d

Doce
Aqui o protagonista é o sabor adocicado, nítido e intenso. Esse vinhos também são conhecidos como “vinhos de sobremesa”, pois são indicados para acompanhar pratos doces que encerram uma refeição. Essa classificação para vinhos finos não gaseificados não é contemplada pela legislação do nosso país, sendo usada no meio profissional apenas como referência.

Santa Helena Vernus Late Havest 2009 375ml – Vernus Late Harvest é de uma doçura saborosa, produzido pela conhecida vinícola Santa Helena, possui aromas de frutas tropicais maduras e nuances de carvalho.

Suave
Esse termo é um grande causador de confusão, pois pode descrever um vinho que ao paladar é macio, aveludado ou uma classificação nacional legalizada. No Brasil, todo vinho com mais de 25 g/L de açúcar residual é legalmente reconhecido como suave. Portanto, podemos concluir que todo vinho que pertença a esta categoria é, obviamente, um vinho “doce”.

Licoroso
Por fim, mais uma expressão que causa confusão. Você pode encontrar em um rótulo a denominação: “licoroso seco”. Surpreendente, não? Mas é verdade. Os vinhos licorosos, pela nossa lei, distinguem principalmente vinhos com um teor alcoólico específico, entre 14° a 18° G.L.**, e podem ser secos ou doces. Os secos podem conter até 20 g/L (mesmo que ao paladar pareçam doces) e os doces terão mais de 20 g/L.

Vale ressaltar que o teor de açúcar não agrega maior ou menor qualidade ao vinho, serve apenas pra marcar estilos e atender aos paladares que os desejem. Agora você está munido das explicações necessárias para escolher o seu preferido. Bom divertimento!

Fonte: Sommelier Wine


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